quarta-feira, 27 de abril de 2011

PINHOLE NEGATIVO



Paula Vinhas / Fotografia P&B - ULBRA 2011/1

Controle e Manipulação

Controle e Manipulação

Filme

Na escolha
O primeiro controle é quando escolhemos um negativo, quanto ao seu contraste, pois alguns têm maior latitude que outros, assim tornando as imagens mais ou menos contrastadas, também devemos escolher um ISO especifico para cada situação, a luz do sol, geralmente devemos optar por ISO abaixo de 200, já ambientes internos o melhor é de 400 para mais. Quanto mais baixo o ISO melhor a qualidade da imagem, menor a granulação, quanto maior ele, mais granulada e menos nítida se torna a imagem.
Na câmera
O primeiro controle após o negativo estar na maquina é quando vamos fotometrar este tem que ser preciso, feito sobre um cartão cinza médio 18%, que é a incidência padrão de luz, apesar de alguns fotógrafos preferirem a incidência de 13% como a luz a ser medida pelo fotômetro da câmera.
A abertura e velocidade têm que ser escolhida de acordo com o tema que vamos fotografar, e escolhermos o que tem mais importância para nós, a profundidade de campo ou o movimento, se é apenas um detalhe aberturas maiores e mais velocidade, quando é cenas amplas que necessita mostrar toda com foco, menor deve ser a abertura e a velocidade, mas não podemos esquecer que velocidades baixas, fazendo um desfoque em movimento no que esta em movimento, geralmente, devemos escolher bem o que nos interessa na imagem para escolher eles corretamente.
Na revelação
Na revelação a luz deve estar totalmente apagada, nem mesmo a luz de segurança(vermelha) pode estar ligada, uma luz queima facilmente o negativo.
Os químicos devem estar com temperatura de 20°C, para que os negativos fiquem com uma revelação homogênea, se a temperatura mudar, tem que diminuir ou aumentar o tempo de revelação.
A agitação tem que ser exatamente como diz o fabricante de cada produto, já muita agitação causa excesso de contraste, e pouca gera, uma revelação desaparelha, com manchas. O primeiro minuto geralmente tem que ser agitação constante, depois a cada 30 segundos agitar 5 segundos ou então a cada 1 minuto agitar 15 segundos. E sempre após agitar bater na bancada, para que não fiquem com bolhas assim causando manchas no negativo.
Para interromper a ação do revelar e prolongar a ação do fixador devemos usar o interruptor com acido acético e água, aproximadamente 1 minuto deve ficar no tanque com agitação constante, para que seja parelho o seu funcionamento.
O fixador é importante para que os sais de prata parem sua ação, assim fixando a imagem para que não mude posteriormente. Esse deve ser agitado 5 segundos a cada minuto, e batido na bancada também, para que retire os sais de prata que não foram revelados, sem manchas, assim tornando uma revelação parelha após ser retirado o negativo do tanque.
A água corrente tira os químicos e o que sobrou da prata do negativo.
Armazenamento
O negativo deve ser guardado de forma que não amasse, que não tenha contato com outra superfície porosa, incluindo outros negativos, pois pode grudar ou arranhar perdendo a qualidade da imagem, na hora da ampliação. O melhor suporte é o print file para colocar o negativo, é uma folha de ph neutro, para que não tenha nenhuma reação química posterior. Deve ser guardado em local sem umidade, para que não grude em outras coisas


Controle e manipulação
Papel

Armazenamento antes da revelação
O papel deve ser guardado, em um plástico ou caixa preta, em local escuro, para que não comece o processo de fixação de imagem. O local também deve ser seco para que não soe e grude o papel.
Na ampliação
Para uma melhor qualidade de revelação geralmente usamos uma prova de contato, que é o negativo sobre o papel fotográfico, no caso do ampliador, quando usamos a mesa de luz, devemos inverter a posição do papel e negativo. Esta é importante para vermos o tempo necessário para ampliação do negativo.
A escolha do papel é algo muito importante já que eles possuem diferentes tonalidades e contrastes variado, existem papeis de contraste fixo que variam de 1 a 5, o papel de contraste 1 tem grande numero de tons de cinza, enquanto o papel de contraste 5 já é intenso o contraste, perdendo os meios tons de cinza, causando tons de branco e preto extremo. O papel deve ser escolhido conforme o negativo, se este estiver muito contrastado devemos amenizar usando um papel de baixo contraste, se estiver pouco usamos um papel de muito contraste, o numero ideal para copias perfeitas é o papel numero 3. Existe também os papeis de contraste variáveis que num único papel pode ter todas essas nuances, com auxilio apenas de um filtro que varia de 00 a 5 tendo todos os meio graus de escala, sendo assim 12 filtros, o filtro médio é o 2 ½ .
Devemos sempre manusear o papel com as mãos secas e limpas, cuidando para que não haja nenhum químico nem água nas mãos para não manchar e marcar com digitais a fotografia, por isso geralmente se usa margem no papel, já que onde existe ela não foi sensibilizado o papel e toda prata ali será removida, isso ajuda a evitar as manchas. As pinças devem sempre pegar essa margem branca, para que não deixem marcas no papel.
Para fazer um melhor ajuste da imagem no ampliador deixe-o no tamanho próximo ao da folha com o foco já ajustado, faça esse procedimento com o filtro de proteção vermelho, depois coloque o papel com o filtro veja se está corretamente ajustado, agora pode retirar o filtro de proteção.
É à hora de fazermos uma prova de teste, para encontrarmos o tom exato, essa existe 2 maneiras de ser feita, primeira é recortando uma tira de papel geralmente começamos com 3 segundos e observamos se devemos ou não colocar mais tempo, se precisar colocamos mais 3 segundos, e assim sucessivamente. A outra forma de fazermos isso é menos precisa, devemos colocar uma tira de papel fotossensível e com auxilio de um papel preto, vamos tapando partes do papel fotográfico, e a cada 3 segundos vamos destapando e diminuindo o papel, daí colocamos para fazer o processo de revelação, e escolhemos o tempo exato.
O processo de revelação exige em todos os químicos agitação constante da bacia, para que fique uma revelação homogênea.

Para fazermos uma ampliação ou redução com a qualidade igual da foto devemos usar a regra de três. Sendo a altura final a qual fica o tamanho que se quer fazer a copia e a altura inicial a distancia do negativo ao papel no tamanho que fizemos a primeira copia e o tempo da mesma.

Altura final2 = X
Altura inicial = Tempo inicial
Altura final2 x tempo inicial = altura inicial x X
Altura final2 x tempo inicial = X
Altura inicial

Devemos na hora da lavagem deixar em media 10 minutos na água, para retirarmos o excesso da gelatina, assim não deixando o papel grudento, para que não grude poeira, pedaços de outros papeis, entre outras coisas, entre elas o vidro e o plástico de muitos quadros que grande parte das pessoas tem o costume de usar, para retirá-los é necessário lavar novamente.

Armazenamento
As copias devem ser guardadas com papel vegetal de PH neutro, em local seco, e longe do abrigo de luz, para que não haja alteração para um tom de sépia.

Manipulação do papel

O papel dever se manipulado somente sob luz vermelha ou total escuridão, pois como o filme ele é formado por materiais fotossensíveis. Sendo ele manipulado sob uma luz que não proporciona muita visibilidade é imprescindível conhecer o lado da emulsão do papel, que deve ficar voltada para cima.
O Ampliador deve já estar configurado, pois sua luz poderá se dispara somente no momento exato com tempo definido, caso contrário essa mesma luz pode queimá-lo.
Com a ampliação feita, leva-se o papel para a revelação. O processo dos químicos é bem semelhante ao do filme o que muda neste caso é o revelador que no filme é utilizado o D- 76 (1:1) e para o papel o DEKTOL (1:2). O processo agora é evoluído em bandejas e não em tanque o que exige um cuidado maior, pela facilidade de derramar químicos. Ao transferir o papel de uma para outra, deve-se tomar cuidado com as pinças molhadas, pois no caso do revelado o mesmo pode contaminar o de mais químicos ou ate mesmo um descuido de manusear o papel com a mão poderá deixar o papel com uma marca digital. A temperatura também deve se manter nos 20°C que é a recomendada pelo fabricante. O tempo devera ser orientado pela temperatura para que não cause uma luz mais suave e difusa ou muito contrastada no papel, que dependeria não somente disto como do grau de contraste do próprio papel como do negativo. A agitação deve ser constante balançando a bandeja para cima e para baixo vagarosamente proporcionando uma revelação homogênea. Ao finalizar a revelação propriamente dita dos químico o papel dever ir detidamente para a lavagem com água, para que se retire do mesmo qualquer restante de químico que possa causar futuras manchas e variações de tons sendo que falamos de preto e branco. É recomendado lavá-lo por uns 10 minutos no mínimo e posteriormente secá-lo, o que dera uma melhor durabilidade.

Características dos papeis fotográficos
Os papéis fotográficos contêm uma emulsão de haleto de prata sobre um suporte de papel branco. Se retirássemos a emulsão de sua base de papel e examinássemos a imagem por luz transmitida, ficaríamos surpresos com sua baixa densidade e seu baixo contraste.
A imagem da cópia é composta de quantidades variadas de partículas de prata numa emulsão fixada numa base de papel. A própria base reflete cerca de 90 % da luz que incide sobre ela através da gelatina transparente da emulsão. Mas a luz refletida para nossos olhos das regiões não-brancas da imagem deve passar pelas densidades de prata duas vezes.


A base
A emulsão fica numa base de papel que também contribui para o resultado final da cópia. Os papéis de fibra são os mais convencionais. Os papéis RC (resin-coated) recebem uma camada de polietileno que evita que eles fiquem encharcados pelas substâncias químicas. Eles podem ser lavados com muita rapidez, já que os resíduos químicos são facilmente removidos.
Em sua maioria, os papeis tem uma camada de monóxido de bário entre a emulsão e a base. A barita é uma substância argilosa e essa cobertura suaviza a textura inerente ao papel e proporciona um fundo claro. “Branqueadores ópticos” também são frequentemente adicionados, para proporcionar refletância máxima nas altas-luzes.

O Peso
Esse termo refere-se à espessura e ao volume da base do papel. As opções padrão são peso simples e peso duplo mas existem peso leve entre os papéis RC. Esses papeis mais espessos resistem melhor aos rigores do processo do que as variedades mais leves, sendo mais resistentes a pressões e rupturas, também ficam bem mais planos após a secagem e podem ser montados com mais facilidade.

A Superfície
As imagens mais brilhantes são obtidas com papel de superfície lisa e polida, que alcança refletância acima de 1: 100.Os papeis opacos tem menos brilho, alcançando densidades de reflexão de cerca de 1:25. Entre esses extremos há muitos outros papéis com graus variados de brilho e textura.

Cor da Imagem
A cor da imagem é uma propriedade da combinação da emulsão com o papel (a palavra “cor” não tem nenhuma relação com as fotografias coloridas; ela diz respeito a nuances sutis de “quente” ou “frio” em relação ao preto e ao branco, neutros). A cor da base varia de um branco frio (azulado) a cores mornas (marfim ou amarelo). Em geral a emulsão de cor quente é composta de grãos prateados menores do que uma emulsão de tons frios; grãos menores estão mais sujeitos aos ataques atmosféricos do que grãos maiores, e acredita-se que papéis de cor quente durem menos do que as variedades de cor fria. As formulas dos reveladores tendem também a favorecer os tons quentes ou frios da imagem; os tons mais quentes são naturalmente obtidos com um revelador de tom quente sobre um papel de tom quente.
Graus do Papel
A princípio, a escala de exposição de um papel deve ser equivalente à escala de densidade do negativo, pra que todos os contrastes do negativo possam ser revelados na cópia. Consequentemente os papeis são classificados por números que indicam o contraste em termos de graus. Papeis suaves são os de 0 ou 1; os mais duros de grau 5 ou 6, dependendo do sistema do fabricante,em termos de densidade, um negativo contrastado ampliado em papel de grau 0 ou 1 deve render tanto quanto um negativo “chapado” ampliado em papel de alto contraste.
A alternativa aos papeis de grau são os papeis de contraste variável, como o Kodak Polycontrast e o Ilford Multigrade. Esses papeis fornecem uma escala de exposição diferente, dependendo da cor da luz, do ampliador. Essa capacidade é obtida pela combinação de duas emulsões diferentes, uma baixa em contraste e outra mais alta, ambas sensíveis a cores diferentes de luz.

Controle de revelação

A Kodak recomenda o revelador Ektonol. Aparentemente, o baixo pH desse revelador não aciona os agentes reveladores presentes na emulsão; assim, a revelação acontece em ritmo mais normal. Entre os papeis de fibra, poucos tem agentes reveladores incorporados.


Bibliografia:
Schisler, Millard W.L Revelação em Preto e Branco: a Imagem com qualidade. Sp: Martins fontes, 1995.
Carmel, Ansel Adans. A cópia. Califórnia, 2ª ed. São Paulo: SENAC, Setembro de 1982.
Fonte das Imagens: http://captar.blogspot.com/

ÂNDIA TAVARES, DANIELA RADAVELLI, LAÍS CARDOSO, PAULA VINHAS E TATIANE MOCELLIN Fotografia P&B - ULBRA 2011/1

Sistema de Zonas


O mundo encontra-se repleto de tons e matizes, gerados pela luz.
É necessário entender que cada fonte de luz emite um tipo de onda (luz), com variações de temperatura relacionadas entre si nos tons, nas cores e contrastes, tendo um maior controle da luminosidade e resultando em melhores imagens.
O Fotômetro, baseia-se basicamente na quantidade média de luz que existe numa cena. Porém a maioria dos objetos fotografados reflectem 18% da luz que recebem.
Assim, uma escala de tons que vai do preto profundo ao branco máximo apresenta, no meio,um tom de cinza que representa esses 18% de luz refletida. Os outros tons ou cores possuem também tons correspondentes (no que se refere à emissão de luz). Essas tonalidades são ferramentas básicas do sistema de zona.
O sistema de zonas funciona da seguinte forma: divide-se uma imagem em onze zonas,
desde o preto profundo ao branco absoluto, passando por todos os tons de cinza. Depois compara-se os tons na tabela de zonas.
Os objetos que estiverem na zona 5 (equivalente à reflexão de 18%) são registados
conforme a leitura do fotometro. Se o fotógrafo pretender fidelidade às tonalidades de zonas mais claras, deve abrir o diafragma ou aumentar o tempo de exposição. Se quiser optar pelo registo preciso de tons mais escuros, tem que fechar o diafragma proporcionalmente à faixa em que está. Em geral, a distância entre cada zona corresponde a um ponto no diafragma ou no obturador.

Fonte de pesquisa: www.focusfoto.com.br

Paula Vinhas / Fotografia P&B - ULBRA 2011/1

Câmera Obscura

Os princípios do funcionamento da câmara obscura já eram entendidos no tempo de Aristóteles, mas a partir do século XVI, quando no pequeno buraco das câmeras obscuras originais foi colocada uma lente convexa, que o aparelho se transformou num meio para o registo permanente de imagens. Era para “desenhar por cima” que a camera obscura servia antes da invenção da fotografia.

Fonte Pesquisa: http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=20980&chapterid=12698

Paula Vinhas / Fotografia P&B - ULBRA 2011/1

Câmara Escura


A câmara escura consiste basicamente em uma caixa preta ou escura com uma pequena abertura em um dos seus lados. No lado contrário é formada a imagem invertida da cena à frente da pequena abertura. Graças ao principio da propagação retilínea da luz permite que os raios luminosos que atingem o objeto e passem pelo orifício da câmara sejam projetados no anteparo fotossensível na parede paralela ao orifício tendo uma imagem projetada, ou seja, real. Toda câmera fotográfica é baseada nesse sistema.
Com o avanço dos estudos e tecnologias, as câmaras escuras foram se desenvolvendo, mas gravar essa imagem diretamente sobre o papel sem intermédio do artista era a nova meta, que só foi alcançada mais tarde com o desenvolvimento da química.
É um tipo de aparelho óptico baseado no princípio de mesmo nome, o qual esteve na base da invenção da fotografia, por isso está ligada diretamente a ela.

Fonte Pesquisa: http://www.michelteosin.com.br/blog/?p=18
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/arte_cultura/fotografia/2_camara_principio_fotografia

Paula Vinhas / Fotografia P&B - ULBRA 2011/1